domingo, 8 de maio de 2011

08/05/1982 - 29 anos da morte de Gilles Villeneuve

Gilles Villeneuve comemora a vitória no G.P. da
África do Sul de 1979. O canadense venceu 
apenas 6 vezes na F-1, mas o seu nome
está entre os maiores de todos os tempos.

Por mais trágico que isso possa parecer, a morte de Gilles Villeneuve em uma pista de corrida não pegou ninguém de surpresa. Mesmo que isso não fosse dito de forma aberta, todo o circo da F1 temia que esse dia chegasse. De fato, em 8 de maio de 1982, esse dia chegou em um acidente nos treinos para o G.P. da Bélgica, em Zolder. O canadense tinha apenas 4 temporadas completas na F-1 e em 67 GPs venceu 6 vezes. Os números, no entanto, não revelam o imenso talento de Villeneuve que foi um dos pilotos mais corajosos da história da F1. O canadense era sempre garantia de espetáculo tanto lutando pela vitória como por um 10º lugar. Para Gilles, era tudo ou nada, e os acidentes foram inumeráveis. Isso não o impediu de ser considerado, junto com Stirling Moss e Ronnie Peterson, como um dos maiores pilotos de todos os tempos, mesmo nunca sendo campeão mundial.

Villeneuve poderia ter sido campeão
em 1979, mas obedeceu as ordens
da equipe. Em 1982, esperava a
 recompensa, mas foi traído.
O campeonato de 1979 foi o único em que Gilles Villeneuve teve um carro realmente competitivo  nas mãos com condições de disputar o título. Mas o piloto canadense era quase um novato e obedecia as ordens estabelecidas pela Ferrari. A filosofia de Maranello pregava que quando duas Ferrari estavam nas duas primeiras posições de uma corrida, o líder teria prioridade. Esse foi um dos fatores que favoreceram Jody Scheckter  que corria na equipe italiana ao lado de Gilles. O canadense sempre foi fiel ao trato e nunca ultrapassou Scheckter por uma questão de princípios, e isso acabou lhe custando o título. Ele esperava a recompensa no futuro, o que não aconteceria.

Em 1982, no G.P. de San Marino, Villeneuve era o líder e Didier Pironi, o outro piloto da Ferrari, era o segundo. A equipe pediu para os pilotos manterem as posições. Mas Pironi não quis saber, ultrapassou Villeneuve e venceu a prova. O canadense se sentiu traído, e furioso, jurou nunca mais falar com o francês. Na corrida seguinte, na Bélgica, ainda envolvido pela cólera, cometeu um erro e bateu na traseira do carro de Jochen Mass durante o treino oficial de sábado. A Ferrari capotou várias vezes e lançou o piloto para fora do carro.  O dia que todos temiam, mas torciam para nunca acontecer, chegou em Zolder, naquele 8 de maio de 1982.

Nenhum comentário: