Gilles Villeneuve comemora a vitória no G.P. da África do Sul de 1979. O canadense venceu apenas 6 vezes na F-1, mas o seu nome está entre os maiores de todos os tempos. |
Por mais trágico que isso possa parecer, a morte de Gilles Villeneuve em uma pista de corrida não pegou ninguém de surpresa. Mesmo que isso não fosse dito de forma aberta, todo o circo da F1 temia que esse dia chegasse. De fato, em 8 de maio de 1982, esse dia chegou em um acidente nos treinos para o G.P. da Bélgica, em Zolder. O canadense tinha apenas 4 temporadas completas na F-1 e em 67 GPs venceu 6 vezes. Os números, no entanto, não revelam o imenso talento de Villeneuve que foi um dos pilotos mais corajosos da história da F1. O canadense era sempre garantia de espetáculo tanto lutando pela vitória como por um 10º lugar. Para Gilles, era tudo ou nada, e os acidentes foram inumeráveis. Isso não o impediu de ser considerado, junto com Stirling Moss e Ronnie Peterson, como um dos maiores pilotos de todos os tempos, mesmo nunca sendo campeão mundial.
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Villeneuve poderia ter sido campeão em 1979, mas obedeceu as ordens da equipe. Em 1982, esperava a recompensa, mas foi traído. |
Em 1982, no G.P. de San Marino, Villeneuve era o líder e Didier Pironi, o outro piloto da Ferrari, era o segundo. A equipe pediu para os pilotos manterem as posições. Mas Pironi não quis saber, ultrapassou Villeneuve e venceu a prova. O canadense se sentiu traído, e furioso, jurou nunca mais falar com o francês. Na corrida seguinte, na Bélgica, ainda envolvido pela cólera, cometeu um erro e bateu na traseira do carro de Jochen Mass durante o treino oficial de sábado. A Ferrari capotou várias vezes e lançou o piloto para fora do carro. O dia que todos temiam, mas torciam para nunca acontecer, chegou em Zolder, naquele 8 de maio de 1982.
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